segunda-feira, 13 julho 2020 19:23

Entrevista Maria Maio

Leia a jogadora Oposta/Ponta internacional por Portugal a falar em discurso direto

Fechamos mais um ciclo de entrevistas em altura. O tema foram atletas da formação de Lisboa que representaram Portugal no EuroVolley e o ciclo fecha com a Oposta, que curiosamente jogou na entrada no EuroVolley 2019. É quase impossível falar de voleibol senior feminino e não falar da oposta, internacional por Portugal que representou a Associação Desportiva Maristas, o Clube Futebol "Os Belenenses" e na época passada o Sporting Clube de Portugal. Leia a sua entrevista...

Quem é?

Maria Maio, oposta, natural de Lisboa, com 27 anos. Comecei a jogar voleibol federado com 15 anos na Associação Desportiva Marista (ADM), que até hoje me mantenho ligada à ADM como treinadora. Quando terminei a formação tive a sorte de me convidarem para a equipa do Clube Futebol “Os Beleneses”. Este clube deu-me muito espaço para aprender e crescer. Na última época, aceitei com entusiasmo o convite do Sporting Clube de Portugal.
Pelo caminho, representei a Seleção Regional de Lisboa e a Seleção Nacional de Seniores Femininos.

Como foi a primeira convocatória da Maria Maio para a Seleção Nacional? Qual o sentimento quando se ouve o hino nacional?

Tinha 18 anos e nunca nos meus melhores sonhos pensei que tal fosse acontecer, simplesmente não acreditei quando vi o meu nome pela primeira vez numa convocatória para a Seleção Nacional de Seniores.
Na verdade, esta primeira experiência não me levou ao hino nacional, o que me custou muito na altura. E sinceramente foi o melhor que me podia ter acontecido. Senti que fui posta à prova e vi com os meus olhos que tinha de crescer muito, por isso, foquei-me e redirecionei os meus objectivos desportivos. Felizmente fui sempre acompanhada por treinadores e colegas de equipa que nunca desistiram de mim, que me ajudaram e me fizeram voltar às convocatórias.

Fez parte da fase final que aconteceu na Polónia, mas também fez parte da qualificação para o EuroVolley, como se sentiu a escrever a página de ser parte da primeira seleção a qualificar-se para um EuroVolley?

Fiquei muito contente pela oportunidade que me foi dada, pelos meses de trabalho e pelo grupo que me ensinou muito.
Foi um processo longo, de trabalho intenso, o que tornou ainda mais especial o dia em que nos qualificámos.

A Maria Maio joga habitualmente como oposta e jogou como ponta, ou zona 4, no EuroVolley, foi uma adaptação fácil?

Sempre estive disponível para fazer as duas posições nos clubes onde trabalhei, por isso não foi novidade. Não sou a jogadora mais jeitosa na recepção e defesa, mas tudo se faz com boa vontade, trabalho e empenho, treinadores com paciência e colegas muito habilidosas ao nosso lado. Foi um trabalho de equipa e passaram-me sempre muita confiança.

Como é jogar uma fase final de um campeonato da europa num país com uma cultura tão forte de voleibol como a polónia? Dos locais onde jogou com a camisola de Portugal, quais foram onde sentiram um ambiente melhor e pior vindo da bancada?

A participação de um campeonato da europa é sempre diferente do que estamos habituadas. O ambiente que se vive é mais festivo, o público efusivo e no meio disso tudo decorre um jogo de voleibol. Pessoalmente achei incrível e nunca senti qualquer tipo de rivalidade aliás, pelo contrário, acho que fomos sempre bem recebidos.
Para mim, o país onde é menos fácil representar a camisola de Portugal é mesmo o nosso. Enquanto atletas sentimos muito o peso da camisola e colocamos todo o nosso empenho e trabalho para representar Portugal sempre da melhor forma, umas vezes mais felizes no desfecho e outras menos. Na minha perspetiva, os momentos menos bons são uma parte importante das vitórias e devem ser vistos como processo de melhoria.

A Maria, com 26 anos a Maria Maio fez parte da seleção que marcou presença no EuroVolley, é algo que quer ver voltar a acontecer em 2021, agora que está definida a qualificação para o EuroVolley 2021 onde a seleção portuguesa terá pela frente Georgia, Suécia e Ucrânia?

Claro que sim. O caminho já foi aberto com a nossa presença na Polónia e, na minha opinião, têm-se visto um investimento crescente para que continue a acontecer.

Gostamos de pedir aos nossos entrevistados para deixarem algumas palavras aos nossos leitores e com a Maria Maio, não será diferente. O que diria aos seguidores da nossa seleção e aos novos atletas que gostavam de um dia vestir a camisola de Portugal?

Nota-se que a modalidade no Feminino está a crescer imenso e ainda tem muito potencial por isso deve continuar a ser acompanhada de perto. 
Para mim, tem sido importante saber esperar e aproveitar as oportunidades nas alturas certas. Ter a confiança de que o trabalho e empenho de hoje vai sempre ser compensado com uma boa oportunidade amanhã. E aí, agarrar com determinação!

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